"Todas as pontes do mundo não te podem salvar se não houver nenhuma margem do outro lado" - Silverchair in "The World Upon Your Sholders"
Nada mais sobrevalorizado que a memória. Nenhuma distância mesurável entre a mudança das pessoas e as impressões que delas queremos manter. Nada mais ingénuo ou mais egoísta: querer que nada mude sem o nosso consentimento, querer avisos prévios, querer mudar o curso das coisas. Nada mais tentador do que a megalomania. Tão próprio da condição hmana. Manter fechados num punho sovina e calcificado, os gestos de quem já não se lembra dos seus próprios gestos nem do que eles significaram quando se materializaram, quando abandonaram o pensamento e se descreveram no ar. Deve-se pensar antes de agir.
sábado, 28 de março de 2009
quarta-feira, 18 de março de 2009
London Central
Well, I was rushed from one street to another, from mental-institution-like directions to advices on how to get a bus with someone shouting in the back that a bus was completely unnecessary. I finally got to the police and was finally told to write down a description of my wallet and its contents. By the time I got out I rushed to London Astoria 2, the venue, with my life-saving report ready to be brushed in some moody and intolerant bulldog-faced guys that go by the name of "pub secutity staff". I had to see 36 crazyfists play. Really. I had. I flew. I LEFT THE COUNTRY TO SEE A SHOW. Saved a bunch of cash for it (cash I waited till last day to change to pounds was I to need anything urgent and couldn't rush to a cash machine and was inside my rather lovely vintage black leather purse).
"The London Astoria 2 has been closed for the past 6 months"
"... Oh reeeeeeaaally?", I tried to make my voice sound perfectly normal. Yes, it was pretty really. Ok then, back to Electric Ballroom in Camden. (WHY THE FUCK WOULD TICKETMASTER GUYS SEND ME AN E-MAIL SAYING THAT THE VENUE WAS NO LONGER ELECTRIC BALLROOM BUT LONDON ASTORIA 2?!?!?!)
I colapsed once a very nice guy said I could go in. I really did. My chest pumped a million times and then shortness of air and all. It was the best Friday ever.
sexta-feira, 6 de março de 2009
Aveiro | Quem cala pode não consentir...
Não fosse a rigidez que me tolheu os movimentos e o silêncio de vácuo que se ocupou de todo um raciocínio como se estivesse dentro de uma redoma a ver as outras pessoas mexerem-se com alguma destreza ainda que lenta a mim negada teria dito qualquer coisa semelhante a isto:
"A iniciativa em questão é louvável, mas isso é óbvio. O que não será tão óbvio é o quão pouco conhecemos os alunos, ou, para mim, os colegas, com que passamos mais do que muito mais tempo do que na nossa casa. Estes cadernos servem como depósito de textos que agora estão presos a uma altura em que tudo se está a tornar mais difícil para os jornais e para os jornalistas. Pior, para o Jornalismo. Estas são as iniciativas do tipo das que fazem história e depois estão nos museus e dizemos "Olha, um exemplar original da Presença" porque mudaram alguma coisa na época que fez mudar os seus colaboradores. Não vamos fazer a mesma diferença que os cronistas de há 30 anos faziam com as palavras que não podiam dizer, não vamos usar os silêncios, aos quais já deixamos de estar circunscritos vai para 35 anos, como conduta para o protesto mas o Jornalismo não vai acabar. No futuro assistiremos a outras inovações para nós tão ground-breaking como foi, por exemplo, o florescimento dos blogs mas o Jornalismo não vai acabar. O Jornalismo é o entreposto entre as pessoas e os poderes vigentes, é, por definição, a actividade de informar, descodificando e tornando as acções dos que nos regem inteligíveis e, consequentemente, questionáveis. Serve para trazer ao escrutínio os homens que decidem todos os dias o destino do nosso país independentemente da forma de que se revista.
É para este objectivo que concorrem os trabalhos de mais uma edição dos nossos cadernos."
... Mas não disse nada.
"A iniciativa em questão é louvável, mas isso é óbvio. O que não será tão óbvio é o quão pouco conhecemos os alunos, ou, para mim, os colegas, com que passamos mais do que muito mais tempo do que na nossa casa. Estes cadernos servem como depósito de textos que agora estão presos a uma altura em que tudo se está a tornar mais difícil para os jornais e para os jornalistas. Pior, para o Jornalismo. Estas são as iniciativas do tipo das que fazem história e depois estão nos museus e dizemos "Olha, um exemplar original da Presença" porque mudaram alguma coisa na época que fez mudar os seus colaboradores. Não vamos fazer a mesma diferença que os cronistas de há 30 anos faziam com as palavras que não podiam dizer, não vamos usar os silêncios, aos quais já deixamos de estar circunscritos vai para 35 anos, como conduta para o protesto mas o Jornalismo não vai acabar. No futuro assistiremos a outras inovações para nós tão ground-breaking como foi, por exemplo, o florescimento dos blogs mas o Jornalismo não vai acabar. O Jornalismo é o entreposto entre as pessoas e os poderes vigentes, é, por definição, a actividade de informar, descodificando e tornando as acções dos que nos regem inteligíveis e, consequentemente, questionáveis. Serve para trazer ao escrutínio os homens que decidem todos os dias o destino do nosso país independentemente da forma de que se revista.
É para este objectivo que concorrem os trabalhos de mais uma edição dos nossos cadernos."
... Mas não disse nada.
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