Persegui-te sunbeam pelas ruas onde te escondias do contraste da minha máquina. E queria ter-te a estoirar das janelas como só aqui. Não vieste. Esqueceste-me.
Era de noite e os paralelos das subidas, molhados, faziam as rodas do carro chiar num queixume sofrido de quem se vê em atalhos pouco conhecidos mas não quer acusar este desconforto. Aquele respirar superficial e fininho. Aquele não saber onde se meter.
Quis debruçar-me nos parapeitos de casas que não são a minha porque a minha não leva este estoiro de luz todas as manhãs. Esta claridade de dias de chuva.
Desprezei umas ruas, a breve euforia escorregadia da antecipação, e agora outras. Passos decididos a encontrar as praças-miradouros que são tantas. Suspensas em si. Sós.
Agora fica frio quando anoitece e eu ainda me queria lembrar de como era esperar-te.
sexta-feira, 17 de abril de 2009
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