terça-feira, 7 de abril de 2009

Coimbra | Atrás de um portão ferrugento ...

... E agora que dissequei sem interrupções de terceiros as minhas memórias puídas, contraste no topo, objectiva sem zoom, é mais fácil começar a pensar em ti. O que faço eu contigo de mãos suadas perecíveis, que me bates aos pontos na falta de zelo por si próprio?

Rotina adinâmica do estilo one step flow of communication, vai secar um dia, infértil como os pântanos argilosos que criam enormes fendas no Verão e parecem arquipélagos. Podemos esbater as arestas com os dedos, unir mundos alucinados mas dá sempre menos trabalho apenas olhar os zigue-zagues assimétricos.

Para mim, há este tipo de liberdade recém-adquirida que é a de procurar situações nas quais não posso ter nenhum deslumbramento ou pretensão. Nada lhes posso acrescentar para as melhorar, anulando assim a responsabilidade. Afinal, é fácil ter uma consciência relativamente apaziguada se não se lhe der tanto uso. Uma vez iniciadas, é prostrar os braços ao longo do tronco em sinal de revolta, em homenagem em quem me ensinou esta frase, e sorver o deleite, sim, doentio, que é ser alguém sobre quem não recaem as mais míseras expectativas ...

3 comentários:

Lola disse...

Completamente de acordo x)

natasha disse...

Não sei quem és, mas sigo a tua escrita há umas semanas e inclusivé já te citei.... como sou esquecida, queria acrescentar o link do sangue e a cidade no meu blog... importas-te?

Supermassive Black-Hole disse...

Àquelas coincidencias quase genéticas de que falavas, acrescento as cidades. Good one.