terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Coimbra | Páro para não pensar...

"Este pode ser o telefonema da sua vida" ouço a rapariga dos programas da madrugada dizer na televisão. Sempre diferente ela, não sei quem é nenhuma delas.

O despertador toca, tocou, pém pém pém pém pém pém levanto-me não olho o espelho, que desmazelo ja sei não vou olhar, para quê, ligo a água quente na banheira e deixo correr, desço á cozinha, pressiono o botão do fogão automático e ele sozinho tic tic tic chama pronto. Bule em cima da chama com água, mais uma boca com outro bule - leite. A água pois é um cilindro e não um esquentador subo, dispo-me olhar para quê que desmazelo já sei hoje tenho aquela aula para apresentar não vou olhar se não não vou. Cabeça para baixo, creme hidratante, secador, está. Vestir. Não vou olhar visto o de ontem não posso correr ricos de rabugices hoje de manhã. Se ontem saí assim hoje faz de conta que também fica bem. Merda o leite. A água é só água mas o leite fica castanho quando queima. Lá se foram os teus cereais. Ia acordar-te Olha o leite quente anda fazer os cereais. Depois fazes tu era só uma atenção mas é daquelas que se fizer é porque sou atenta, uma querida, se não fizer tu não vais saber que me falhou a intenção, sou uma querida na mesma por outras coisas exógenas aos momentos matinais taciturnos. Resulta, boa! Gabardine. Está a chover claro. Caracóis quais caracóis? Antes cabelo pregado á cabeça, antes enriços, ninhos. Levantas-te não sabes do episódio do bule-leite. A água! Olha que é cilindro já usei cuidado. Ela também se levanta direita á cozinha, eu Ah! O lápis dos olhos. Está a chover, inútil, deixá-lo, lápis nos olhos versão Courtney Love hoje de manhã bonito. Queres torradas, Não como de manhã, E tu queres, berras mas Ele está no banho. Faz que ele come, Mas ontem não quis, Ontem acordaste cedo? É que estavas a durmir quando saí. Levantei-me logo a seguir ele também. Não queres mesmo comer, Afinal sim para depois cigarrito e café sabes faz mal em jejum e antes da aula tem mesmo que ser no Bar das Matemáticas se houver tempo ás e um quarto não entra mais ninguém na sala, não está mal. Liga a tv vou buscar um cachecol, emprestas-me o roxo? Leva. Olha agora vou eu. Cruzam-se nas escadas Vais tomar banho de água fria. Merda quem é que ainda tem cilindros em casa? As torradas? Não fez ainda, pede-lhe quando sair do banho, vou ver os headlines e sair já não vou a tempo de ler o jornal nem levantei dinheiro, os teus cigarros? Estão lá em cima na nossa mesa de cabeceira. Traz-me o gel de banho ficou no saco do Jumbo de ontem com as outras coisas do quarto de banho. 'Tá bem. Toma - a água está gelada que nervos. É horrível, temos que coordenar melhor estes banhos. Um prato, dois ou três? Já não te disse que ia sair agora. Vocês comem á mesa de manhã? Que chique! Dois pratos. Compota, mel, manteiga. Temos compota em casa? Quando compraste isso? Ontem. Não vi. Olha depois passa nas cópias traz a sebenta de cálculo I, aquilo é mesmo só para dizer que tirei as cópias, não faço a cadeira. Deixa ouvir. Não sei das chaves. Nunca sabes. Leva as minhas. E tu? Depois da aula vem ter lá abaixo ao café.

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