domingo, 30 de novembro de 2008

Aveiro, 30 de Novembro O8 | De volta á cidade das minhas luzes...

Indefinidamente procura-se isto, procura-se aquilo, perseguem-se dias iguais aos anteriores a achar que corremos para a realização de um objectivo, a achar que aquele reconhecimento daquele homem, daquela mulher, aquela viagem, aquele vestido, aquele Sábado á noite é que vai fazer a diferença. Esse sim. Essa tal coisa banal na qual delegamos toda a responsabilidade de nos surpreender, essa tal coisa que, por alguma razão que ninguém sabe, vai ser o "a-ah" das nossas vidas. Deixem-me dissolver desde já o benevolente mistério: nunca é. Fabricamos motivos para nos arrastarmos por mais uma semana, considerando e orquestrando com estranho afinco uma mudança para próximo mês ou para "os meus anos" ou "nos teus anos", depois do Ano Novo, "a partir do Natal". Uma mudança para a qual marcamos datas específicas porque não as conseguimos começar... como hei-de dizer... vá, ... agora. Sim, porque esperar por acontecimentos aleatórios, sobre os quais temos pouca ou nenhuma influência no seu desenrolar é imaturidade ou é preguiça (na melhor das hipóteses). Há momentos que nos mudam a vida mas a vida que já nos ocupa faz-nos voltar a procurar outros momentos, outros dias, outros tipos de luz que iluminem outros rostos em outras salas, só para descobrir que afinal também não era nada disto que querimos ter pedido para jantar.

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