domingo, 16 de novembro de 2008

Coimbra, 16 de Novembro 08 | Tinha de ti outra ideia...


Não te fazia tão linear, tão compartimentado. Eras do tipo de ir a net ler a letra de uma música - se eu cantei uma certa parte sem cantar as outras partes era porque aquela parte queria dizer alguma coisa e tu querias saber. Não te conheci a achar que havia limites na expressão. Já te vi a correr para não perder o fogo de artifício da festa da tua vila. Já te tive de mão dada a tentar descobrir portas de prédios abertas para subirmos aos telhados. Um dia esperámos na praia que chovesse. E como era Verão choveu aquela chuva que vem lenta, os pingos caem espaçados, mais ou menos de 3 em 3 segundos, e fazem baraulho quando batem nos passeios de madeira que levam as pessoas aos bares da praia e nunca está frio nenhum. E quando começa a chover não são pingos que caem, são cordas de água, que nos ensopam em três tempos.
Lá porque os textos são sobre ti não quer dizer que não possam ser sobre ti ...

Todos os textos têm um alguém. Não me parece ser teu direito opinar sobre o meu alguém. Se não fosses tu a dizer, nem me lembrava que eras tu o alguém destes textos.

2 comentários:

Anónimo disse...

Todo e qualquer texto visa um leitor ideal. A quantos já perdi a conta. Escrevemos para alguém, no sentido literário que no momento em que é traduzido para palavras passa a ser tão somente ninguém. *

Anónimo disse...

Bom eu encontro-me de fora. ihih Mas penso que um texto continua a ser para um suposto alguém quando é assim tão explícito... Pelo menos assim me parece neste caso, não acho que haja muita fantasia nestes. De qualquer forma, este blog vai tratar o que? Vi a sua divulgação e pergunto me se terá algum interesse público. Cumprimentos, Ju Coimbra