terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Aveiro | dia 8, isto foi dia 8 ... um feriado ... quem diria?

... Estendo o braço para fora da janela como faço sempre no prazer de fumar, talvez já tenha idade para ser mais do que sou. Sei que existe tudo longe de mim, que já alguém possui, à partida, vantagens sobre a concretização de sonhos que são só meus, ilusões que nunca serão mais.

Causa de morte: ter a certeza.

E amanha serei o mesmo nada? Serei sempre assim, invertebrada? Lúcida mas incapaz? Sem coragem para interagir e perguntar o que se passa, o que me falta, subtraio-me da realidade e fico atrás da montra. Há episódios bonitos na antecipação do momento mas no momento são choques em cadeia, pára-choques destroçados, vidro esmigalhado, sirenes, veias abertas, coma.

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