quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Coimbra | Insensibilidade é bom senso... Capítulo I

Hoje quando sai de casa pensei em ti e desgastou-me aquele vento dos abandonados. Nas margens recém construídas da ria sopra aquela brisa que denuncia sempre problemas maiores. Culpo-te porque me roubaste ao colo quente da ignorância, escolheste dizer a verdade sem qualquer fim ou propósito. Hoje sai de casa e pensei que só tu me podias por bem. Sai e pensei que poderias. A tua indiferença é uma forma velada de um egoísmo doentio que não te deixa ver o quanto dependes de tudo aquilo que tomas como adquirido. Não nutres. Não cuidas. Já não. Podia dizer dos tons, dos cheiros e das texturas, dizer mais uma vez o que já foi dito mais uma vez mas é inútil quando a simbiose de dois mundos se negligencia. Não nutres. Não cuidas.

1 comentário:

Anónimo disse...

Como é lindo este teu texto...yeah right, nunca vais fazer a diferença e blablabla. Dá-me o teu dom então :P *